A fosfatase alcalina é uma enzina presente em quase todos os tecidos, mas encontra-se essencialmente no fígado, ossos e rins. A determinação da concentração de fosfatase alcalina no sangue é um importante teste de função hepática, uma vez que permite o despiste e identificação de lesões no fígado que causem obstrução ao fluir da bílis produzida no fígado, como hepatites, cirrose, tumores ou abcessos no fígado

A análise clínica da fosfatase alcalina integra o perfil de rotina do laboratório, geralmente com um grupo de testes designados por perfil hepático. É igualmente solicitada pelo médico assistente conjuntamente com outros testes se o doente apresentar sintomas de envolvimento hepático como fraqueza, fadiga, perda de apetite, náuseas, vómitos, dor abdominal e/ou alteração da cor da urina e fezes.

Perante uma doença hepática, as células lesadas vão libertar quantidades aumentadas de fosfatase alcalina na circulação sanguínea, razão pela qual esta análise clínica é frequentemente utilizada para detetar situações de obstrução dos canais biliares. Se um ou mais desses canais estiverem obstruídos, como por exemplo no caso da presença de um tumor, então as concentrações sanguíneas de fosfatase alcalina vão ser elevadas.

Doenças malignas

A fosfatase alcalina está frequentemente elevada em doenças malignas e pode refletir uma patologia de origem hepática ou óssea. Uma concentração elevada de fosfatase alcalina aponta para a existência de uma lesão hepática. Se testes hepáticos complementares como bilirrubina, aspartato aminotransferase (AST), ou alanina aminotransferase (ALT) também estiverem elevados, então a fosfatase alcalina provém do fígado.

Esta pode registar valores bastante elevados em situações de cancro do fígado.

Por Germano de Sousa, Médico Especialista em Patologia Clínica

Logótipo Germano de Sousa