Antes de mais, é importante compreender o porquê de chamarmos a estes compostos “antioxidantes” e, para isso, é importante percebermos o seu papel.
Existem substâncias, denominadas de radicais livres, que têm a capacidade de se ligar quimicamente a várias moléculas do nosso organismo. Após esta ligação, as moléculas que recebem os radicais livres, tornam-se incompletas e origina-se o chamado stress oxidativo, causando assim reações menos positivas como o envelhecimento ou o cansaço, por exemplo. Assim, as moléculas que sofreram stress oxidativo, passam também a ser um radical livre levando a uma reação em cadeia o que leva a diversos estragos no nosso organismo.
E de onde vêm os radicais livres? Tanto podem ter origem no nosso corpo como fora dele. E é na sua origem exterior que temos a possibilidade de atuar e minimizar efeitos negativos. Os radicais livres com origem exógena (fora do organismo), podem vir de uma má alimentação (fritos, gorduras…), do uso de drogas (medicamentosas ou não), pesticidas, tabaco, poluição do ar e radiações gama e/ou ultravioleta.
Assim, com o estilo de vida pouco saudável que se pratica hoje em dia, torna-se necessário recorrer ao auxílio de antioxidantes, já que estes são os mecanismos de defesa que o organismo criou para neutralizar a ação dos radicais livres.
Existem dois tipos de antioxidantes: os enzimáticos e os não enzimáticos. Por norma, os enzimáticos estão presentes no nosso organismo e a maioria dos antioxidantes não enzimáticos estão presentes numa dieta alimentar dita saudável, ou seja, presente principalmente em frutas, verduras e legumes. É por esta razão que uma alimentação equilibrada é extremamente importante para o bom funcionamento dos mecanismos antioxidantes do nosso organismo.
Então, como podemos tirar todo o partido destes compostos? Deixamos algumas orientações que ajudam a melhorar ainda mais o seu dia a dia.
Durante a primeira semana tenha, pelo menos três vezes, um almoço ou um jantar, constituídos por legumes e verduras variadas, com diferentes cores e acompanhe sempre com uma boa fonte de proteína.
A meio da manhã bem como a meio da tarde, garanta a ingestão destes compostos através, por exemplo, de um sumo de laranja, cenoura e hortelã; tenha sempre presente, no seu pequeno-almoço, uma peça de fruta e tente variar ao máximo o tipo de fruta que escolhe; como acompanhamento das refeições principais, experimente fazer um puré de abóbora, cenoura ou mesmo de brócolos, em vez do tradicional puré de batata.
Faça estas alterações durante duas semanas seguidas, interrompa outras duas semanas e volte repetir por mais duas semanas.
Desta forma, poderá dar um “empurrão” aos seus mecanismos de defesa e começar a incluir este tipo de alimentos, com mais frequência na sua alimentação, garantindo uma vida mais saudável.
Para além destas orientações gerais, aumente o consumo de alimentos ricos em antioxidantes como os peixes de água profunda – salmão, arenque, cavala, sardinha, truta (sendo o ómega 3 um potente antioxidante); os tão falados “superalimentos” como a erva de cevada, clorela e spirulina (algas marinhas), maca (utilização da raiz desta planta), sementes de cânhamo; opte por frutas com cores vivas e da época – cerejas, framboesas, mirtilos, morangos, kiwis; vegetais ricos em carotenóides como a cenoura, abóbora, pimentos, brócolos, tomate, espinafres.
A equipa Eatwell do Holmes Place Defensores de Chaves
Ana Brázia Santos e Maria Lains
Comentários