Há meses que anda a sonhar com o mar, os pés na areia e os dias de praia que nunca mais acabam. Mas, da última vez, antes de partir, depois de se olhar ao espelho, retirou o biquíni da bagagem. Recentemente, fruto de uma série de situações e também de algum descuido, engordou uns quilinhos e, por isso, decidiu que este ano não vai vesti-lo. Esqueça! Vamos fazê-la mudar de ideias em menos de nada e ajudá-la a ficar mesmo em forma, num ápice, antes das férias.
Pode parecer muito em cima da hora e, de certeza, que já está assustada a pensar que lhe vamos sugerir que passe as próximas duas semanas só a beber líquidos. Nada disso... Com a ajuda da dietista Marisa Costa elaborámos um plano alimentar que permite perder um quilo por semana, o máximo recomendado pela Direção-Geral de Saúde, sem restrições, sacrifícios ou ataques de fome. O segredo que lhe apresentamos de seguida fica só entre nós.
Veja os cuidados e as precauções que deve ter antes, durante e também após o início deste regime hipocalórico:
- Antes de começar
Se o objetivo é emagrecer, «o mais importante não é reduzir calorias, mas antes ter atenção aos alimentos que lhe vão oferecer energia». Com base nesta premissa, Marisa Costa defende que «as oscilações bruscas de peso, especialmente quando associadas a dietas restritivas, devem ser evitadas». A melhor estratégia para perder dois quilos em duas semanas de forma saudável, sublinha a especialista, «é cortar nos maus hábitos alimentares e aumentar a prática de exercício físico».
- Quem pode (e não pode) fazer
«Este plano pode ser seguido por todas as pessoas sem problemas de saúde que pretendam ter uma alimentação saudável e equilibrada. Está, porém, contraindicado a doentes hepáticos e renais (pelas restrições alimentares que lhes são impostas) e a pessoas com necessidades nutricionais acrescidas», indica Marisa Costa.
- As regras essenciais
Marisa Costa defende que, «para perder peso de forma saudável, há alimentos que não deve retirar da sua alimentação, mesmo alguns que têm fama de engordar», como as fontes de hidratos de carbono ou de gordura. O objetivo, lembra a especialista, «não é alterar drástica e temporariamente aquilo que come, mas reeducar os hábitos à mesa». Para isso, siga estas regras:
- Não salte o pequeno-almoço. É a primeira e a principal refeição do dia.
- Coma, todos os dias, entre três a quatro peças de fruta, entre ou durante as refeições.
- Inclua sempre saladas ou legumes cozido nas refeições.
- Modere e fracione o consumo de hidratos de carbono (pão, massa, arroz e batata).
- Não passe mais de três horas sem comer, faça entre cinco a seis refeições por dia.
- Não repita a refeição e evite petiscar em frente à televisão.
- Evite jantares abundantes.
- Uma sopa e uma salada podem ser suficientes para se sentir saciada.
- Faça uma vistoria à despensa e separe os alimentos ricos em açúcar e gordura das opções saudáveis.
- Modere o consumo de café e de bebidas alcoólicas.
- Evite sentar-se à mesa ou ir às compras com fome.
- Substitua as sobremesas por salada de fruta.
- Prepare o seu almoço para levar para o trabalho. Dessa forma, garante uma refeição equilibrada.
Veja na página seguir: Os cuidados a ter depois da dieta
- E depois da dieta?
Os dois quilos a menos na balança deverão servir de motivação para não a recuperar o peso perdido. «Lembre-se de que atingiu o seu objetivo porque seguiu um plano alimentar equilibrado que implicou a eliminação de hábitos menos bons, e não uma dieta milagrosa», com resultados condicionados logo à partida, refere Marisa Costa. Eis o que deve fazer para não voltar a engordar:
- Adeque o plano alimentar ao resto da família, tendo em conta a ocupação, idade e atividade física de cada um. Sentir-se apoiada é fundamental para não desistir.
- Não desanime. Apesar de estar a cumprir as regras, o seu peso pode oscilar entre meio quilo e um quilo por semana devido à retenção de líquidos, obstipação e ciclo menstrual, mas isso não significa que não esteja a resultar.
- Mantenha a atividade física. Natação, dança ou ginásio, três a quatro vezes por semana, são ótimos aliados deste plano. O importante «é escolher uma atividade que possa praticar de forma continuada», diz a especialista.
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