“Querido Pai Natal, espero que esteja tudo bem contigo. A minha mãe disse-me que este ano eu fui um menino bem-comportado. Por isso tenho 3 pedidos para te fazer: primeiro, gostava que me desses um dinossauro; segundo, um boneco da Patrulha Pata e terceiro, queria que o meu cabelo voltasse a crescer, e de preferência que nascesse encaracolado. Achas que consegues?”, ditou o menino.

Zac, que está a passar por um ciclo particularmente doloroso de quimioterapia para tratar a sua forma rara de leucemia, começou a perder o cabelo no dia a seguir a ter decorado a árvore de Natal com o seu irmão de 3 anos, Leo.

Hannah diz que, desde que foi diagnosticado em maio passado, Zac nunca se queixou; em vez disso, “ele prefere assistir aos seus desenhos animados preferidos e desenhar”.

Recentemente, o menino tem-se dedicado a fazer cartões de Natal para agradecer àqueles que o ajudaram a angariar fundos para que ele possa fazer um tratamento de terapia CAR-T nos Estados Unidos, tendo em conta que o Reino Unido ainda não dispõe deste tratamento.

Com a terapia CAR-T, as probabilidades de sobrevivência de Zac aumentam de 25% para mais de 60%.

“Ainda bem que as pessoas me ajudaram, eu ia ficar muito mal se não me tivessem ajudado a pagar o meu medicamento especial”, diz o menino que cativou o Reino Unido quando a sua história se tornou pública no início deste ano.

Depois de ser diagnosticado com uma forma rara de leucemia linfoblástica aguda, a família de Zac lançou uma campanha de angariação de fundos que recolheu mais de 625 mil libras (cerca de 695 mil euros), dinheiro esse que, depois de ser utilizado para que Zac possa ser tratado nos Estados Unidos, servirá para financiar pesquisas sobre o cancro infantil.

No mês passado, a família, natural de Shropshire, no Reino Unido, foi para Filadélfia, onde Zac deu início à primeira fase do seu tratamento. No próximo mês, o menino regressará ao Hospital Infantil da Filadélfia, para que receber um novo tratamento.

“A primeira vez que ele começou a perder o cabelo foi em junho. Mas agora ficou mesmo carequinha. O meu marido um dia fez-lhe uma festa na cabeça e ficou cheio de cabelos nas mãos. Para mim foi muito doloroso ver o cabelo do meu filho cair, mas ele não parece muito incomodado”, conta Hannah.

“Eu costumo dizer que tive o pior e o melhor ano da minha vida. Ver um filho a sofrer é um sentimento inexplicável, mas sentir o apoio e o amor de pessoas que nem nos conhecem é muito reconfortante”.

“Por vezes questionamos a moral da nossa sociedade atual, mas eu deixei de o fazer. A doença do Zac mostrou-me que as pessoas farão qualquer coisa pelo bem-estar das crianças, mesmo aquelas que não conhecem. As pessoas tratam o Zac como se ele fosse filho deles”, diz a mãe.

Emocionada, Hannah pega num cartão que o seu filho pediu para ela escrever. “O Zac também quis que eu escrevesse uma carta ao Pai Natal, e eu fiz-lhe a vontade”.

“Querido Pai Natal, este ano podes-me trazer muito dinheiro, que eu não vou ficar feliz. A única coisa que gostava de te pedir era que me fizesses esquecer estes últimos tempos e ajudes os meus filhos a terem um Natal inesquecível”, lê-se.

Fonte: PIPOP