A conclusão consta de uma investigação publicada na revista científica Nature.

O estudo, realizado por investigadores dos Estados Unidos, revela que ratos machos foram infetados com o vírus apresentaram, ao fim de duas semanas, danos na estrutura interna dos testículos, incluindo baixos níveis hormonais e perda de tecido.

Os investigadores referem, no entanto, que são necessários estudos de longo prazo para saber se se confirma ou não a possibilidade de haver correspondência entre os danos causados pelo Zika nos ratos e problemas que poderiam afetar os serem humanos.

A maioria dos estudos sobre as sequelas da infeção com o Zika concentra-se nos efeitos em mulheres grávidas e fetos, mas investigadores já concluíram que o vírus permanece no sémen dos homens meses após a infeção.

"O nosso estudo foi feito com ratos, por isso ainda não sabemos se o Zika tem de facto o mesmo efeito nos homens. O resultado sugere, no entanto, que [estes] podem sofrer uma redução da sua testosterona e da qualidade do esperma se forem infetados, o que pode afetar a sua fertilidade", afirmou Michael Diamond, autor principal do estudo, em comunicado da universidade.

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