"Reforçámos a vigilância em todos os postos de entrada, por exemplo, ao nível dos aeroportos. Fazemos uma história [entrevista] para saber se a pessoa viajou à China, com quem esteve e qual o contacto que teve, se tem febre ou não. As pessoas que viajaram à China são o nosso foco. Não é qualquer pessoa que tem de passar pelo controle", disse Rosa Marlene, diretora nacional de Saúde Pública.
As autoridades realizam a pequena entrevista a qualquer pessoa que tenha viajado para a China, especialmente se esteve na cidade de Wuhan, epicentro da infeção.
As autoridades moçambicanas dizem que o risco para o país é "mínimo", não havendo razões para "pânico".
Por outro lado, o vírus "não parece de alta transmissibilidade”, o que é "bom", acrescentou Rosa Marlene.
De acordo com a mesma fonte, o vírus ganha mais força no inverno, mas Moçambique está no verão, o que torna o ambiente menos propício para o surto.
O Misau disse que não há restrições em relação a viagens, apenas reforço de informação sobre a necessidade de quem viaja se precaver em termos de contacto com pessoas doentes.
"Tem de se fazer controlo só em pessoas que estiverem em contacto com quem teve diagnóstico confirmado", salientou.
O novo vírus, que causa pneumonias virais, foi detetado no final de 2019 e já provocou pelo menos 25 mortes, infetando centenas de pessoas.
Ainda se desconhece a origem exata da infeção, mas terão sido animais comercializados vivos a transmiti-la aos seres humanos.
Os sintomas destes coronavírus são mais intensos do que uma gripe e incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias, incluindo falta de ar.
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