O PS apontou a possibilidade do reforço do controlo das fronteiras para mitigar o avanço da pandemia de COVID-19, considerando que a recomendação do teletrabalho como já ocorreu noutros períodos é um instrumento que deve estar disponível.
“Aquilo que o PS transmitiu foi que o Governo não deve hesitar em adotar todas as medidas que forem necessárias para mitigar e para controlar a progressão da pandemia”, afirmou o secretário-geral adjunto dos socialistas, José Luís Carneiro, em declarações aos jornalistas do Palácio de São Bento, em Lisboa.
A comitiva do PS, liderada por José Luís Carneiro, foi a última a ser recebida pelo primeiro-ministro, António Costa, que terminou ontem uma ronda pelos partidos com assento parlamentar a propósito das medidas a implementar para travar a evolução dos contágios com o novo coronavírus.
O presidente do PSD garantiu que estará “sempre do lado da solução” e o partido “disponível para defender a saúde pública” caso seja preciso reforçar as medidas que o Governo vai adotar para combater a evolução da pandemia.
O presidente do PSD garantiu que estará “sempre do lado da solução” e o partido “disponível para defender a saúde pública” caso seja preciso reforçar as medidas que o Governo vai adotar para combater a evolução da pandemia.
Outros partidos foram ouvidos na terça-feira
Os restantes partidos com assento parlamentar já tinham reunido com o primeiro-ministro, na terça-feira, para serem ouvidos sobre a introdução de restrições por causa do aumento de casos da COVID-19.
O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, afirmou que o Governo se comprometeu até ao Natal a priorizar a vacinação com a terceira dose para os mais idosos, não tendo “nada planeado para já” em relação às crianças.
O presidente do Chega, André Ventura, disse que o Governo pondera exigir o uso simultâneo de “certificado e de teste obrigatório” para a entrada em bares, discotecas e grandes eventos, com a restauração com obrigatoriedade de certificado.
A Iniciativa Liberal saudou que o Governo não pretenda voltar a confinar as atividades económicas devido à pandemia com restrições como impôs no passado, divergindo sobre a possível exigência de certificados ou testes sem decisão dos promotores.
O secretário-geral do PCP, Jerónimo Rodrigues, afirmou que o Governo não está a preparar “restrições significativas” para responder ao aumento de contágios de COVID-19 e defendeu que, apesar da “evolução negativa”, não há “razão funda” para “depressão” ou “medo”.
A coordenadora do BE, Catarina Martins, defendeu, junto do Governo, a necessidade de reforçar o processo de vacinação, profissionais e meios do Serviço Nacional da Saúde, considerando que a Constituição possibilita “tomar as medidas necessárias em qualquer momento”.
A porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, afirmou que o Governo lhe transmitiu uma “preocupação” quanto ao uso de máscara em espaços como “estádios de futebol, concertos e discotecas”, tendo o partido defendido a necessidade de garantir a testagem universal.
O PEV defendeu a normalização da vida em quotidiana, sem regresso a restrições devido à pandemia, defendendo “uma forte comunicação” e o reforço dos transportes públicos, do SNS e de psicólogos em escolas e centros de saúde.
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