"A extensão de saúde reabriu hoje, às 09:00, com uma médica diferente, enfermeira e administrativa. Na sexta-feira irá funcionar com estas mesmas pessoas. A partir de segunda-feira, a unidade voltará a funcionar normalmente, com o médico que estava a prestar cuidados de saúde", disse à Lusa, Arlindo Ribeiro.
O presidente da Junta de Freguesia de Afife, a cerca de 12 quilómetros do centro de Viana do Castelo, adiantou que, "na segunda-feira irá reunir com o conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) para analisar o funcionamento da estrutura".
O autarca explicou que a extensão de saúde funciona na Casa do Povo de Afife, com um total de três pessoas (uma enfermeira, uma administrativa e um médico) "às segundas, quartas, quintas e sextas-feiras".
Na terça-feira, o autarca afirmou que um "desentendimento entre o médico e a funcionária administrativa" da extensão de saúde tinha deixado a população sem aquele serviço desde 02 de janeiro.
Arlindo Ribeiro disse ter tido conhecimento do "desentendimento, ocorrido na presença de vários utentes, através das informações que colheu junto da população", ao aperceber-se da preocupação que o caso originou na freguesia.
Na altura, em resposta escrita a um pedido de esclarecimento da Lusa, a ULSAM referiu, "relativamente ao encerramento da extensão de Afife", que "a assistente técnica com funções de secretariado clínico e o médico adstrito à extensão de Afife, estão ausentes, tendo apresentado atestado médico por doença", sem adiantar mais pormenores.
No esclarecimento, aquela estrutura adiantou que "o atendimento será garantido na sede, em Viana do Castelo, embora a ULSAM esteja a diligenciar todos os esforços para, brevemente, poder reorganizar o serviço e ver retomado o normal funcionamento da referida extensão".
A ULSAM explica ainda que "a Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) de Viana do Castelo é composta pela sede e cinco extensões, nomeadamente a de Afife".
Adiantou que naquelas UCSP, "neste momento, registam-se cinco ausências de assistentes técnicos com funções de secretariado clínico, quatro deles por atestado médico e um por aposentação".
"Esta situação carece de uma reorganização dos serviços por forma a garantir o atendimento da população", reforçou.
O caso do encerramento daquela unidade foi levantado, na terça-feira, pela vereadora da CDU, Cláudia Marinho, no período antes da ordem do dia da reunião camarária. Na resposta, o presidente da autarquia, José Maria Costa, disse desconhecer a situação, garantindo que irá indagar sobre o caso.
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