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Em Portugal, Infarmed contabilizou 21 casos de reacções adversas à Gardasil até 2009
25 de novembro de 2013 - 16h09
A farmacêutica que produz o medicamento Gardasil, usado na prevenção do cancro do útero, está a ser investigada em França, depois de uma jovem acusar a empresa de produzir uma vacina que lhe provocou efeitos secundários no seu sistema nervoso.
A vítima que processou a empresa teve parte do seu corpo paralisado e sofreu perda temporária de visão. Outras três doentes ameaçam apresentar queixa contra o laboratório Sanofi Pasteur, avançam órgãos de comunicação franceses.
O medicamento é usado por adolescentes, sob prescrição médica, como vacina de prevenção contra o papilomavírus humano, o HPV, grupo de vírus frequentemente associado ao aparecimento de tumores malignos, principalmente no colo uterino. Assim como 2,3 milhões de jovens francesas, Marie-Océane foi vacinada com Gardasil aos 15 anos de idade, em 2010.
Seis meses depois, foi hospitalizada com vários sintomas, como a perda temporária da visão, dificuldades em andar e paralisia facial.
Segundo Jean-Christophe Coubris, advogado da vítima, relatórios médicos apontam para a relação entre o Gardasil e as patologias desenvolvidas pela doente.
A queixa foi apresentada na passada sexta-feira em Bobigny, perto de Paris. A vítima acusa o laboratório Sanofi Pasteur de “atentado involuntário à integridade”.
A Agência nacional francesa de medicamentos (ANSM) também é visada pelo processo.
Outras três mulheres afirmam terem sido vítimas do Gardasil. As jovens, com idades entre 20 e 25 anos, foram vacinadas entre 2008 e 2010. Duas delas desenvolveram dermatose crónica (doença Verneuil) e a terceira foi diagnosticada com inflamação da musculatura (polimiosite).
Em fevereiro de 2009, a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) informou que até à data havia 21 casos de reações adversas à vacina Gardasil, 14 das quais foram consideradas graves, mas não houve qualquer caso mortal.
SAPO Saúde
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