"A trombose venosa profunda ocorre quando se forma um coágulo numa veia profunda, geralmente nas pernas, dificultando o correto fluxo sanguíneo. Em certos casos, esse coágulo pode desprender-se ou fragmentar-se e, por sua vez, deslocar-se até aos pulmões, provocando uma embolia pulmonar", explica João Araújo Correia, presidente da Sociedade Portuguesa da Medicina Interna.
A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) pretende consciencializar os profissionais de saúde e a população em geral para a prevenção, tratamento e identificação das complicações associadas ao tromboembolismo venoso, uma das principais causas de morte por doença cardiovascular.
Atualmente, acrescenta o internista, "uma em cada quatro pessoas em todo o mundo morre de doenças relacionadas com a trombose, das quais se destacam o enfarte agudo do miocárdio, o acidente vascular cerebral e o tromboembolismo venoso".
"A identificação dos doentes em risco, mediante a recolha de um conjunto dirigido de informações, permite determinar um risco elevado, moderado ou baixo de desenvolver coágulos nas veias das pernas e/ou no pulmão", explica o médico.
Fatores de risco da trombose
Alguns fatores de risco que podem levar ao desenvolvimento de uma trombose são a idade avançada, gravidez, uso de contracetivos orais, obesidade, varizes dos membros inferiores, neoplasia, traumatismo e estados de hipercoagulabilidade.
A maioria dos doentes não apresenta sintomas que indiquem trombose. No entanto, caso estes se desenvolvam, os mais frequentes são a dor, edema, sensação de peso, alteração da coloração e da temperatura do membro e incapacidade funcional parcial súbita.
Para assinalar o Dia Mundial da Trombose, que se comemora a 13 de outubro, o Núcleo de Estudos de Doença Vascular Pulmonar (NEDVP) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna vai realizar nesse dia, no Hotel Olissippo Oriente, em Lisboa, a sua 4ª Reunião Anual, que terá como tema central as “Convergências na Doença Vascular Pulmonar”.
Comentários