Um milhão e meio de portugueses são obesos e mais de metade da população não faz exercício

Portugal tem a mais baixa percentagem de pessoas que praticam exercício físico frequentemente num conjunto de 21 países europeus, revela o European Social Survey. Hoje é o Dia Mundial da Atividade Física.

O “European Social Survey”, que analisa o comportamento físico e mental em 21 países, mostra que apenas 13,1% dos homens portugueses e 11,5% das mulheres praticam exercício físico com frequência. Mas este não é o único estudo a mostrá-lo.

A maioria da população com 15 ou mais anos não pratica qualquer atividade desportiva de forma regular (5,8 milhões), lê-se no último “Inquérito Nacional de Saúde” realizado em todo o país, entre setembro e dezembro de 2014, em colaboração com o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

Por outro lado, cerca de 2,5 milhões de portugueses deslocam-se a pé diariamente e cerca de 75 mil utilizam a bicicleta todos os dias. Os dados referem também que 1,4 milhões de pessoas praticavam exercício físico, um a dois dias por semana, enquanto para 422 mil portugueses esta era uma prática diária.

Quase metade tem trabalho com esforços físicos ligeiros

Cerca de 4,2 milhões de pessoas com 15 ou mais anos (47%) desempenhavam as suas tarefas diárias sentadas ou em pé, em atividades que envolviam um esforço físico ligeiro. Por outro lado, cerca de 923 mil (10,4%) de portugueses exerciam trabalhos fisicamente exigentes.

Os resultados do inquérito revelam ainda que mais de metade da população com 18 ou mais anos (4,5 milhões) tinha excesso de peso ou era obesa. Para cerca de 3,8 milhões de pessoas (44%) o índice de massa corporal correspondia à categoria de peso normal e cerca de 155 mil pessoas (1,8%) tinham baixo peso.

Segundo o estudo, a obesidade atingia 1,4 milhões de pessoas com 18 ou mais anos, sendo as mulheres mais afetadas do que os homens.

Ainda de acordo com os resultados do inquérito, a obesidade afetava principalmente a população entre 45 e 74 anos.

O inquérito revela também que cerca de metade da população residente com 15 ou mais anos (4,5 milhões de pessoas) mostrava-se satisfeita ou bastante satisfeita com a vida no final.

O grau de satisfação com a vida aumentava com o nível de escolaridade: 39,5% das pessoas sem qualquer nível escolar e 62,4% das pessoas que tinham terminado o ensino superior estavam satisfeitas ou bastante satisfeitas.