De acordo com a organização não-governamental com sede em Londres, três das vítimas mortais são crianças, assim como o último pediatra da cidade que não resistiu aos ferimentos.

O balanço das vítimas é ainda provisório porque, além dos vinte mortos confirmados, o observatório refere que o hospital ficou completamente destruído e que há ainda um "número indeterminado de desaparecidos" sob os escombros.

Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, ainda não foi determinada a origem dos aviões de combate que atingiram o centro hospitalar.

Na noite de quarta-feira, a organização "capacetes brancos" indicava à agência de notícias France Presse que, pelo menos, 14 civis tinham morrido no bombardeamento do hospital de Alepo.

Nos últimos meses, a aviação síria e os aviões de combate da Rússia têm bombardeado a cidade, a maior do norte do país.

Durante a madrugada, o enviado especial das Nações Unidas para a Síria, Staffan de Mistura, sublinhava que o ataque aéreo contra o hospital da zona ocidental de Alepo tinha provocado a morte do último pediatra da cidade.

Staffan Mistura referiu-se à morte do médico para pedir diretamente à Rússia e aos Estados Unidos para unirem esforços no sentido do respeito total pelas tréguas na Síria: para "salvar o país do colapso total".

"Faço um apelo à Rússia e aos Estados Unidos para que adotem medidas urgentes capazes de relançar as tréguas que, neste momento, estão em perigo", disse Mistura durante uma conferência de imprensa em Beirute.

A violência aumentou nas últimas semanas em Alepo, apesar de se encontrar formalmente em vigor um cessar-fogo entre o governo de Damasco e a Comissão Suprema para as Negociações, a principal aliança dos grupos da oposição.

Pelo menos 139 civis morreram, entre os quais 23 menores, desde o passado dia 22 de abril de acordo com as informações recolhidas pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos.