10 de março de 2014 - 11h22
Um teste de sangue capaz de prever se uma pessoa desenvolverá a doença de Alzheimer no período de três anos é a nova descoberta de cientistas norte-americanos do Georgetown University Medical Centre. O estudo foi publicado na Nature Medicine.
A investigação identifica dez moléculas no sangue que podem ser usadas para prever, com 90% de certeza, se uma pessoa desenvolverá Alzheimer ou alguma degeneração cognitiva. Os autores do estudo dizem que detetar a doença antecipadamente pode ajudar a prevenir outros sintomas.
O estudo não é totalmente inovador, já que outras investigações já apontavam o sangue como uma fonte de indicadores da doença. 
Não há cura, ou tratamento efetivo, para a doença de Alzheimer, que afeta 35,6 milhões de pessoas no mundo inteiro. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o número de casos vai aumentar, estimando-se que em 2050 afete 115,4 milhões de indivíduos.
Os investigadores do Georgetown University Medical Centre examinaram 525 pessoas saudáveis com 70 ou mais anos, monitorizando-os durante cinco anos.
“É preciso trabalhar mais para confirmar estas conclusões, mas um teste de sangue para identificar pessoas em risco de desenvolver Alzheimer seria um passo muito importante para a investigação”, diz Simon Ridley, chefe do Centro de Investigação de Alzheimer no Reino Unido, citado pelo Guardian.
SAPO Saúde