O pré-aviso de greve vai ser entregue às 17:30 por dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (Sintap) e do Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (Sindite), ambos afetos à Fesap/UGT.

Em declarações à agência Lusa, o dirigente da Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap) José Abrão explicou que o protesto visa exigir a negociação da regulamentação relativa à transição da antiga carreira de técnico de diagnóstico e terapêutica para a recentemente criada carreira de técnico superior das áreas de diagnóstico e terapêutica.

“Durante quase meio ano negociámos um diploma que criava as carreiras de técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica e, neste quadro, foi publicado o diploma que instituía a carreira”, que devia ser regulamentado 90 dias depois, “para definir a tabela remuneratória” e os mecanismos de transição, disse o sindicalista.

O prazo foi ultrapassado “e até hoje não aconteceu absolutamente nada”, lamentou o sindicalista, contando que os sindicatos têm tentado falar como o Ministério da Saúde, “na expetativa que possam acontecer as reuniões e o processo ser continuado”, mas tem sido em vão.

“Como nada aconteceu, os trabalhadores querem manifestar o seu protesto, primeiro exigindo o compromisso que o Governo assumiu” com os sindicatos e que sejam “marcadas rapidamente negociações” para relançar o processo.

O objetivo, segundo José Abrão, é que o Orçamento do Estado para 2018 já “possa contemplar tudo aquilo que resultar desta carreira”.

Em comunicado, os sindicatos adiantam que os trabalhadores exigem a negociação da tabela remuneratória aplicável aos trabalhadores inseridos na nova carreira, a consolidação do estatuto da carreira de técnico superior das áreas de diagnóstico e terapêutica e o descongelamento das progressões e promoções nas carreiras.

Os técnicos de diagnóstico e terapêutica iniciaram uma greve em junho por tempo indeterminado que suspenderam a 04 de julho devido à aprovação os diplomas que estabelecem as novas carreiras para estes profissionais, nos termos em que foram acordadas em negociação com os sindicatos.

Estes técnicos abrangem 19 profissões de áreas como as análises clínicas, radiologia, fisioterapia, farmácia e cardiopneumologia.