Em comunicado, estes profissionais informam que “vão entrar em greve nos dias 3, 4, 5, 6 e 7 de outubro”, destacando que são “os únicos profissionais de saúde licenciados, cuja carreira está desatualizada há dezasseis anos, provocando perdas salariais insustentáveis”.

Outro dos aspetos contestados prende-se com os mais de 50% de profissionais em regime de CIT (Contrato Individual de Trabalho), sem qualquer carreira ou instrumento regulador do trabalho.

A “ausência total de políticas de empregabilidade dos jovens licenciados, designadamente nas áreas das ciências biomédicas laboratoriais, da fisiologia clínica e da imagem médica e radioterapia, cujas licenciaturas recentemente criadas continuam por regulamentar em matéria de exercício profissional” é outra das matérias que justificam a contestação dos profissionais.

O facto de “continuarem com a escandalosa situação de praticarem horários de 35 e 40 horas semanais de trabalho sem qualquer diferenciação salarial” e a ausência de diálogo com a tutela nos processos em curso das reformas da saúde são outras das razões invocadas.

Os técnicos superiores das áreas de diagnóstico e terapêutica estão constituídos em 22 profissões, três das quais por regulamentar, e abrangem áreas como as análises clínicas, a radiologia, a fisioterapia, a farmácia e a cardiopneumologia, entre outras, num total de cerca de 10 mil profissionais em exercício nos serviços públicos de saúde.