O protocolo de utilização do Tafamidis, medicamento para a paramiloidose, através do Serviço Nacional de Saúde (SNS) é hoje assinado no Hospital Santo António, no Porto, numa sessão que conta com a presença do ministro da Saúde, Paulo Macedo.

Na sexta-feira, o Infarmed e a Pfizer chegaram a acordo para disponibilizar o tafamidis através do SNS, sendo o contrato hoje assinado no Porto, o que, na opinião do presidente da Associação Portuguesa de Paramiloidose (APP), Carlos Figueiras, é o fim de “um sofrimento que se prolongou mais de dois anos”.
Segundo fonte do Hospital de Santo António disse quarta-feira à Agência Lusa, a assinatura do protocolo de utilização do Tafamidis decorre hoje naquela instituição, pelas 17:00, contando com a presença de Paulo Macedo.

Segundo Carlos Figueiras, o fármaco será disponibilizado gratuitamente pelo SNS, através da "Unidade Clínica de Paramiloidose, no Porto, e do Hospital de Santa Maria, em Lisboa”, podendo, numa primeira fase, ser "abrangidos 250 doentes".

Para o presidente da APP, este é o fim de um longo processo para tentar introduzir no SNS um medicamento que, “num ensaio clínico realizado em oito centros de excelência em todo o mundo, mostrou 100 por cento de eficácia em 60 por cento dos doentes e uma redução significativa nos restantes 40 por cento”.
O medicamento já foi aprovado, em 2011, pela Agência Europeia de Medicamentos e também pela Comissão Europeia e de Portugal, tendo estado a aguardar a luz verde do Governo para que fosse disponibilizado pelo SNS.

Dado o caráter revolucionário do medicamento, países como França, Espanha, Luxemburgo e Itália começaram, há cerca de dois anos, a disponibilizar o Tafamidis aos seus doentes.

Em Portugal, os paramiloidóticos realizaram diversas ações de protesto para sensibilizar o Governo para esta causa.

A paramiloidose, vulgarmente conhecida como a “doença dos pezinhos”, é uma doença crónica, neurodegenerativa, progressiva e hereditária, que se manifesta entre os 25 e os 35 anos.

17 de maio de 2012

@Lusa