2 de julho de 2014 - 09h31
O número de pessoas que morreram na África Ocidental após contágio com o vírus Ébola ascende já às 467, anunciou hoje a Organização Mundial de Saúde.
Na véspera da reunião de alto nível sobre a epidemia, marcada para quarta-feira, no Gana, a OMS indica ter contabilizado 759 casos de infeção nos três países que, até agora, registaram casos de Ébola: Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa.
O último balanço que a agência das Nações Unidas para a saúde deu a conhecer, a 23 de junho, contabilizava em 399 os mortos e 635 os casos de infeção.
Na semana passada, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu que a atual epidemia de Ébola na África Ocidental é a mais grave registada até agora, tanto pelo número de pessoas infetadas e de mortos, como pela ocorrência geográfica em três países em simultâneo.
A OMS reconheceu que a epidemia não está controlada e ativou a rede de alerta global, que integra agências internacionais, governos, universidades e outras entidades, apelando ainda a especialistas de diversas áreas que viajem para aqueles três países para ajudar a conter a propagação do vírus. Ainda assim, a OMS não vê razões para restringir as viagens ou as relações comerciais com os países afetados pelo vírus.
A Cruz Vermelha admitiu hoje que a epidemia do Ébola pode vir a espalhar-se aos países vizinhos, como a Guiné-Bissau, que faz fronteira com a Guiné-Conacri.
O Ébola - nome do rio na República Democrática do Congo onde o vírus foi detetado pela primeira vez, em 1976, ainda aquele país se chamava Zaire - transmite-se por contacto direto com o sangue, fluidos corporais e tecidos de sujeitos infetados, provocando febres hemorrágicas que podem ser fatais. Não existe tratamento nem vacina para combater a infeção.
Por SAPO Saúde com AFP