Em comunicado, a sociedade defende também que os técnicos de emergência pré-hospitalar (TEPH) deviam passar a ser designados de paramédicos, à semelhança do que acontece noutros países.

A organização defende a reestruturação urgente do Sistema Integrado de Emergência Médica e recomenda a criação dos cursos de Técnico de Emergência Médica – Nível 1; Técnico de Emergência Médica - Nível 2 e Curso de Paramédico - Nível de Ensino Superior, este último a ministrar em faculdade de medicina.

“Esta formação irá indiscutivelmente dotar os operacionais de mais conhecimentos e mais competências, que fazem a diferença entre a vida e a morte”, refere a nota.

Segundo disse à Lusa Carlos Silva, da Sociedade Portuguesa de Emergência Pré-Hospitalar, “estes cursos seriam abertos a todos os intervenientes na assistência pré-hospitalar, nomeadamente INEM, bombeiros e Cruz Vermelha”.

“Portugal detém um modelo de formação (emergência médica pré-hospitalar) que se encontra claramente descontextualizado, onde os operacionais não detêm competências para atuar da forma como o país e os portugueses merecem e precisam”, considera a sociedade, dando como exemplo o curso TEPH, ministrado pelo INEM, “que até hoje não foi concluído”.

“Temos a convicção de que estes operacionais poderiam fazer a diferença neste quadro de pandemia que infelizmente vivenciamos”, afirma.

A sociedade lembra que tem vindo a desenvolver diligências para concretizar a existência da disciplina de paramedicina em Portugal, sublinhando: “A paramedicina é a disciplina e paramédico é o titulo genérico da pessoa que independentemente do nível de licenciatura ou certificação e escopo de prática presta socorro”.

“Adotar tal termo e, usar a paramedicina para descrever a disciplina, de igual modo, não infringe nenhuma Lei”, considera.

Na nota, a Sociedade Portuguesa de Emergência Pré-Hospitalar defende a aplicação da paramedicina para descrever a disciplina de Emergência Médica Pré-Hospitalar e o titulo de paramédico para "titulo genérico da pessoa que presta socorro".

"À semelhança de outros países, que assumiram esta designação há cerca de quatro décadas", acrescenta.

Segundo dados do sindicato, há em Portugal cerca de 1.200 técnicos de emergência pré-hospitalar.