10 de abril de 2013 - 14h00
A linha de atendimento Saúde 24 custa mensalmente mais 500 mil euros do que custaria se já tivesse sido resolvido o concurso internacional para a gestão deste serviço, ao qual o Tribunal de Contas recusou um visto, segundo o coordenador.
A completar seis anos de existência, no próximo dia 25 de abril, e após ter ultrapassado os 4,5 milhões de contactos, a Linha Saúde 24 vai deixar de ser gerida pela LCS, empresa do grupo Caixa Geral de Depósitos (CGD).
O coordenador da linha, o enfermeiro Sérgio Gomes, disse à agência Lusa que o concurso ainda não foi resolvido, apesar de já ter sido selecionada uma empresa: a PT.
Isto porque o Tribunal de Contas recusou o visto a este contrato, por alegadamente não concordar com o critério de que a empresa venceu por ter sido a mais rápida a apresentar a proposta.
Sérgio Gomes considera este critério perfeitamente admissível e, sobre o fato da PT ter apresentado a sua proposta um quarto de hora depois, disse ser natural, uma vez que as condições já eram conhecidas.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) não concordou com este argumento do Tribunal de Contas, tendo já enviado a sua posição.
Este concurso internacional tem o valor de 17,8 milhões de euros e permitirá ao Estado poupar perto de metade do que gasta atualmente com a Linha de Saúde 24, que, segundo Sérgio Gomes, impede que cerca de 20 por cento das pessoas que ligam vá às urgências.
Se a nova gestão já estivesse em vigor, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) pagaria cerca de metade do milhão de euros que gasta mensalmente com este serviço, adiantou o coordenador da linha.
De acordo com Sérgio Gomes, o número de contactos diários para a linha Saúde 24 é de cerca de 2.000. Mensalmente são cerca de 60 mil as chamadas realizadas para o número 808242424.
Lusa