A Agência Federal de Trabalho Alemã (BA) está a cooperar com as autoridades portuguesas para a sondar as possibilidades de emprego para enfermeiros portugueses na Alemanha, disse hoje à Lusa uma porta-voz.
“Falámos com os nossos parceiros da Eures [portal europeu para a mobilidade profissional] sobre as áreas em que a Alemanha precisa de quadros técnicos, e eles disseram-nos que há potenciais candidatos no domínio dos enfermeiros”, disse à Lusa Beate Raabe, do gabinete de imprensa da Agência de Mediação de Trabalhadores Especializados Estrangeiros (ZAV), uma instituição da BA.
“Iniciámos já um projeto, e estamos sondar empregadores alemães, de hospitais e sobretudo de instituições que prestam cuidados continuados, para saber se precisam destes especialistas”, explicou Beate Raabe.
No entanto, adiantou “não é possível, de momento, quantificar nem a oferta nem a procura de enfermeiros portugueses, quer para hospitais, quer para instituições que prestam cuidados continuados”, acrescentou a mesma responsável.
A porta-voz da ZAV acrescentou ainda que não é possível quantificar os enfermeiros portugueses a trabalhar na Alemanha porque não existe uma estatística que alie a profissão à nacionalidade.
“Além disso, os trabalhadores portugueses, como cidadãos da União Europeia, gozam do direito de livre circulação, e não têm por isso, de se registar como tal, em nenhuma repartição”, explicou Beate Raabe.
A Agência Federal do Trabalho (BA) alemã referiu hoje que “há um grande interesse” por parte de enfermeiros portugueses em trabalhar na Alemanha, mas o grande obstáculo é a falta de conhecimentos da língua germânica.
A Alemanha tem falta de mão de obra em alguns setores qualificados e poderia recorrer a especialistas de países europeus que neste momento têm um elevado desemprego entre quadros técnicos, casos da Espanha, Portugal, ou da Grécia, disse a diretora da, Monika Varnhagen, ao jornal Die Welt.
18 de julho de 2011
Fonte: Lusa
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