22 de agosto de 2014 - 08h11
O setor da Saúde reduziu os gastos operacionais em 51,1 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, indica o relatório sobre o Setor Empresarial do Estado referente aos três primeiros meses do ano, divulgado na quinta-feira.
De acordo com o documento da Direção-geral do Tesouro e Finanças, que apresenta uma visão geral sobre a evolução da situação económico-financeira e patrimonial das empresas públicas não financeiras, a Saúde impulsionou a evolução positiva do setor empresarial do Estado (o EBITDA, um indicador sobre a geração de recursos sem contar impostos, depreciações e amortizações) ao crescer 63 por cento, passando de -140,6 milhões de euros para -52 milhões.
Destacam-se, pela melhoria de resultados os centros hospitalares de Lisboa Norte (melhoria em 22,2 milhões de euros), de Coimbra (11,1 milhões), do Porto (10,7 milhões) de São João (10,6 milhões) e de Lisboa Central (7,5 milhões).
“O incremento das vendas e serviços prestados, aliado à contenção de custos, ocorrido no sector da Saúde, explica o aumento do resultado líquido de 90,9 M€ neste sector, alcançando no final do 1.º trimestre de 2014, um total de -82,7 M€”, afirma-se no documento.
Ainda no mesmo setor destaca o relatório que houve uma “redução significativa” desde o terceiro trimestre de 2013 das dívidas aos fornecedores mas que houve também um “ligeiro acréscimo” no primeiro trimestre deste ano.
“No setor da Saúde verificou-se, igualmente, uma diminuição do volume dos pagamentos em atraso em 103,6 M€, tendo passado de 1.028,4 M€ para 924,8 M€, o que reflete essencialmente o efeito do Programa Extraordinário de Regularização de Dívidas do Serviço Nacional de Saúde”, que permitiu regularizar valores em dívida e negociar prazos de pagamento mais favoráveis com os maiores fornecedores dos hospitais, segundo o documento.
Em termos gerais, o setor empresarial do Estado registou um resultado líquido negativo de 394,1 milhões de euros no primeiro trimestre, uma melhoria face ao prejuízo de 405,3 milhões de euros no período homólogo de 2013.
Por Lusa