Augusto Figueiredo, porta-voz da comissão, disse à agência Lusa que 6.000 dos cerca de 23.000 utentes do centro de saúde de Rio Maior (distrito de Santarém) continuam sem médico de família e que o atendimento complementar não consegue dar resposta a essas pessoas.

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A segunda Unidade de Saúde Familiar (USF) de Rio Maior, aprovada há uma década, poderia resolver a situação, mas, afirmou, “nunca saiu do papel”.

Até que seja criada esta USF, os utentes reclamam o reforço do atendimento complementar e que as empresas prestadoras de serviços sejam penalizadas quando os médicos que contratam não comparecem a este serviço, “como aconteceu na segunda-feira, em que 24 pessoas ficaram sem consulta e foram encaminhadas para Santarém, contribuindo para que as urgências do hospital fiquem a abarrotar”, disse.

"Estamos a gastar mais dinheiro [com o recurso a estas empresas] e não estamos a resolver o problema das pessoas", disse o porta-voz.

Entre as reivindicações da população contam-se ainda a necessidade de reforço do serviço de radiografia e a conclusão das obras em curso no centro de saúde, que “nunca mais acabam”.

Augusto Figueiredo afirmou que a escassez de recursos humanos naquele centro de saúde está a gerar um atendimento “de baixa qualidade”, com os médicos a entrarem em “esgotamento”.

“Queremos que o Governo cumpra o compromisso que assumiu de que cada utente tenha direito a um médico e a um enfermeiro de família”, afirmou, adiantando que na concentração de hoje à tarde será votada uma moção a enviar ao Presidente da República, ao ministro da Saúde e aos grupos parlamentares.