13 de janeiro de 2014 - 14h02
O rastreio de cancro colorretal nos Açores, um dos que tem maior incidência no arquipélago, arranca até final do mês no hospital da Horta como "experiência piloto", e será posteriormente alargado a toda a região, disse fonte do Governo Regional.
"Será feita uma experiência piloto na Horta e depois o rastreio arrancará para toda a região com uma população alvo de 58.000 pessoas entre os 50 e os 69 anos, homens e mulheres", acrescentou hoje à Lusa uma fonte da Secretaria Regional da Saúde.
Um despacho publicado hoje em jornal oficial aprova o programa de rastreio do cancro colorretal, proposto pelo Centro de Oncologia dos Açores que, juntamente com os centros de saúde e hospitais da região, está em condições de avançar para este rastreio, que será feito "freguesia a freguesia".
"O exame será feito de dois em dois anos e espera-se que numa primeira volta se consiga pelo menos 50% de adesão", avançou a mesma fonte, explicando que "a primeira parte do processo é desenvolvida pelos centros de saúde, que enviam uma carta onde se pergunta ao utente se aceita a realização do exame".
Em caso de "resposta afirmativa, é-lhes enviado um 'kit' para que procedam na sua residência à colheita, sendo que este 'kit' é depois enviado em carta já pré-paga para os hospitais a fim de ser feita a análise", acrescentou.
Em caso de resultado negativo, o exame só voltará a ser feito passados dois anos, mas "se houver alguma suspeita o sistema informático dá indicação ao Centro de Oncologia que, juntamente com os hospitais, desenvolve as diligências para um exame endoscópico".
Atualmente, a incidência nos Açores é de 100 novos casos por ano, sendo 58% homens e 42% mulheres, referem dados da Secretaria Regional da Saúde, indicando que se trata de um dos cancros com maior incidência no arquipélago.
Já decorre na região o rastreio do cancro do colo do útero, tendo até ao momento sido realizadas 25.000 citologias.
Está igualmente em curso o rastreio do cancro da mama, que já vai na terceira volta e ultrapassou os 65% de adesão.
Lusa