Segundo a fonte, a falta de vacina tem sido uma preocupação, que deverá ficar resolvida nas próximas semanas, depois de uma reunião realizada quinta-feira, em Luanda, entre o Ministério da Saúde angolano e o Comité de Coordenação Inter-agências.

O CCI é o conjunto de agências humanitárias das Nações Unidas e organizações de ajuda humanitária para respostas a emergências, avaliação de necessidades, apelos consolidados, organizações de coordenação no terreno e desenvolvimento de políticas humanitárias. A fonte referiu que há vacinas para os animais, mas o problema continua a ser que os donos não os levam à vacinação.

"É importante que se faça um trabalho conjunto. Na campanha da febre-amarela, por exemplo, fez-se quatro intervenções em simultâneo - a luta antivetorial, a vigilância epidemiológica, a mobilização social e a vacinação, o mesmo deverá acontecer com a raiva", avançou.

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Estimou ainda que o problema da raiva continuará a ser uma preocupação enquanto circularem nas ruas da capital angolana, Luanda, animais vadios.

"Se os cães não forem recolhidos, todo o trabalho que se fizer é em vão, daí a importância de o governador de Luanda baixar orientação aos administradores municipais para que os serviços comunitários façam a recolha dos animais nas ruas", apelou.

Na reunião, foi igualmente abordada a questão da escassez, desde há cerca de um mês, nas unidades hospitalares de Luanda de vacinas BCG, administrada à nascença aos bebés para proteção contra a tuberculose.

Em declarações quinta-feira à rádio pública de Angola, a coordenadora do Programa Nacional de Vacinação, Alda de Sousa, disse que os stocks de vacina BCG são muitos baixos, mas é uma situação que ultrapassa as autoridades angolanas, porque a escassez é causada pela baixa produção internacional da mesma.

"A curto prazo nós vamos receber as vacinas para que não haja rutura efetiva de vacina nacional, contamos receber vacinas dentro das próximas semanas e também um exercício interno para aquisição de vacina dentro do mercado nacional, caso haja vacina disponível", referiu.