O dinheiro não pode comprar felicidade, mas aparentemente pode pagar mais horas de sono.

Segundo um estudo norte-americano, baseado em quase 75 mil questionários, as pessoas que têm salários mais baixos estão a trocar as horas de sono por horas de trabalho colocando a sua saúde em risco.

Em média, quem tem um salário mais alto consegue dormir mais de seis horas por dia, ao contrário dos mais desfavorecidos do ponto de vista salarial, que não atingem esse número.

Menos tempo passado na cama aumenta a probabilidade de diversos problemas de saúde, como doenças crónicas, hipertensão, diabetes, depressão, cancro e obesidade, recorda o instituto, alertando que a falta de sono pode ser considerada uma "epidemia de saúde pública" mundial.

Sono perigoso 

O mesmo estudo lembra ainda que o sono está entre as primeiras causas de acidentes de viação no mundo desenvolvido.

A investigação teve em conta as pessoas que viviam dentro e fora das áreas metropolitanas mas, curiosamente, não foram encontrados dados importantes que diferenciassem as diferentes zonas por horas de descanso.

Os números podem ainda ser preocupantes se tivermos em conta que só nos Estados Unidos, um dos países mais desenvolvidos do mundo, 45,3 milhões de pessoas vivem em situação de pobreza.