A pesquisa aferiu que as mulheres são quem tem mais dificuldade em dormir. Cerca de um quarto (23%) das mulheres, entre os 45-54 anos, confidenciou ter noites em branco devido à preocupação com a saúde dos progenitores, enquanto 2 em 5 mulheres (38%), aponta os filhos como a principal causa. Estes valores comparam-se, respetivamente, com 13% e 18% pela população masculina.
Damien Leger, especialista mundial em sono, comenta o estudo que "a luta que muitas mulheres enfrentam para terem um sono de qualidade e com o número de horas correto, é provavelmente resultado da combinação de fatores emocionais e do quotidiano".
"As mulheres que, depois de um longo dia de trabalho, ainda têm múltiplas tarefas domésticas a seu cargo, têm pouco tempo, ou mesmo nenhum, para desligarem o cérebro antes de irem para a cama. Não é surpresa que as mulheres têm mais propensão para andarem às voltas na cama e não terem uma noite descansada, dormindo o número de horas que precisam", acrescenta.
Por sua vez, os homens adormecem com maior facilidade, tendo um sono contínuo, com 1 em cada 5 homens a confidenciarem que nada os consegue manter acordados durante a noite. Não só os homens disfrutam de mais horas de sono, como também afetam negativamente o descanso das suas parceiras, com ¼ das mulheres a apontarem o ressonar dos parceiros e as constantes voltas na cama como causas da perturbação da qualidade do seu sono.
Enquanto a maioria das mulheres não encara o problema de sono como uma questão de saúde que merece preocupação, estudos comprovam que uma noite bem dormida tem inúmeros benefícios para uma vida saudável.
O neurocientista Mathew Walker, autor do bestseller “Why We Sleep”, cita o sono como "um tratamento revolucionário que traz longevidade às pessoas… aumenta a memória, torna-nos mais atraentes e mantém-nos em forma e diminui os desejos incontrolados pela comida".
O estudo "Dia Mundial do Sono" da Sanofi Consumer Healthcare, e conduzido pela YouGov, foi realizado em 2019 com base em 12.669 entrevistas online, junto de um grupo de inquiridos com 18 ou mais anos de idade, provenientes de seis países (França, Austrália, Itália, Japão, Polónia e Estados Unidos).
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