Publicado na última edição do Boletim Epidemiológico “Observações”, do INSA, o estudo de Mariana Neto e Irina Kislaya foi realizado com base nos dados do Inquérito Nacional de Saúde 2014 (INS 2014) com o objetivo de estimar a prevalência do consumo de refrigerantes e as suas características sociodemográficas na população portuguesa.

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A investigação apurou uma “prevalência do consumo de bebidas refrigerantes na população portuguesa com mais de 15 anos de idade de 31%”.

“Verificou-se que o consumo era superior no sexo masculino (35,2%) e nos participantes mais jovens, decrescendo com a idade”, referem as autoras que identificaram ainda “diferenças regionais significativas, sendo a Região Autónoma dos Açores a região do país com o maior consumo de refrigerantes”.

Nesta região autónoma, o consumo de refrigerantes atingiu os 48,6%, segundo o estudo “Consumo de refrigerantes nas refeições principais em Portugal: dados do Inquérito Nacional de Saúde 2014”.

De acordo com o artigo publicado no Boletim do INSA, “os participantes com menor nível de escolaridade tendiam, de forma significativa, a consumir mais refrigerantes, à semelhança dos participantes solteiros”.

Em relação aos rendimentos, as autoras verificaram que “existia um decréscimo de consumo em relação aos escalões mais elevados”.

As autoras começam por recordar que “o excesso do consumo de açúcar simples (‘free sugar’) está associado ao excesso de peso e obesidade, doenças crónicas, como diabetes tipo 2 e à ocorrência de cáries dentárias.

De acordo com a investigação “o consumo de refrigerantes, estimado pelo Inquérito Nacional de Saúde 2014 é elevado na população portuguesa”.