
Uma equipa de cientistas dos Estados Unidos observou, na cidade de Los Angeles, nos Estados Unidos, que as emissões poluentes de produtos usados em casa - como perfumes, tintas, vernizes, purificadores, tinteiros, pesticidas, cosméticos e produtos limpeza - contribuem tanto para a poluição atmosférica como as emissões dos automóveis.
A explicação está nos compostos orgânicos voláteis, hidrocarbonetos que se apresentam em estado gasoso à temperatura ambiente nos referidos produtos, lê-se no estudo.
Segundo a investigação, a atmosfera oxida esses compostos e, através de uma cascata de reações químicas, os mesmos acabam integrados e decompostos em nanopartículas finas suspensas.
Causam doenças respiratórias e cancro
De acordo com a investigação publicada na revista Science, essas minúsculas partículas entram na parte mais profunda dos pulmões e podem causar diversas doenças respiratórias, entra elas o cancro do pulmão.
"É surpreendente. Estamos há seis ou sete anos a discutir se isto era possível. E eu estava entre os defendiam que não", afirma o engenheiro químico José Luis Jiménez, co-autor do estudo, citado pelo jornal espanhol El País.
Segundo os cientistas, o estudo realizado em Los Angeles pode ser extrapolado para outras metrópoles e países industrializados.
"Perfumes, desodorizantes, champôs, tintas (...) emitem compostos orgânicos voláteis. Medimos esses compostos (...) e são muito mais altos de manhã do que à tarde", explica Jiménez, nascido em Zaragoza, Espanha, em 1968, e professor da Universidade do Colorado (EUA).
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