A Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED) está otimista com a entrada em vigor da prescrição eletrónica dos medicamentos, neste dia 1 de Agosto.
“Atualmente é necessário um receituário especial para a prescrição de medicamentos opióides, que necessitam de um formulário próprio. Estamos convictos que a obrigação de prescrição eletrónica contribuirá para derrubar esta barreira que já existia há vários anos no tratamento da dor e, assim aumentar a acessibilidade dos doentes a melhores cuidados de saúde”, refere Duarte Correia, presidente da APED.
O médico acrescenta ainda “Os mitos associados à utilização de opióides para o tratamento da dor, por parte dos profissionais de saúde e dos pacientes, colocam Portugal num dos países da Europa com maior resistência à utilização destes fármacos. Os mais comuns são os mitos sobre a utilização da morfina e o receio dos opióides prescritos provocarem dependência. Estes mitos persistem por falta de formação pré e pós-graduada dos profissionais de saúde e pelo défice de informação dos pacientes”.
Em Portugal a dor crónica atinge mais de 30 por cento dos adultos portugueses. Cerca de metade dos custos relacionados com a dor crónica (1,6 mil milhões de euros) devem-se a despesas com cuidados de saúde, enquanto o restante resulta dos chamados custos indiretos, tais como o absentismo e as reformas antecipadas provocadas pela dor crónica.
A dor crónica é caracterizada como uma dor persistente ou recorrente, de duração igual ou superior a três meses, e/ou que persiste para além da cura da lesão que lhe deu origem.
A Associação Portuguesa para o Estudo da Dor tem por objetivos promover o estudo, o ensino e a divulgação dos mecanismos fisiopatológicos, meios de prevenção, diagnóstico e terapêutica da dor.
Para mais informações consulte www.aped-dor.com.
01 de agosto de 2011
Fonte: LPM Comunicação/SAPO
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