O estudo, publicado pela BJM Open, foi aplicado em sete mil pessoas ao longo de dez anos e sugere que, apesar de a ansiedade no geral poder contribuir para o aumento do risco de doenças cardíacas, a realidade é que se essa preocupação for focada na saúde pode contribuir para o aumento de risco cardíaco em 70%.

Segundo Line Iden Berge, responsável pelo grupo de trabalho, ser preocupado com a saúde "não é perigoso, é apenas ansiedade" por isso sugere que as pessoas "continuem a viver a sua vida".

Em declarações à BBC, Emily Reeve, enfermeira cardíaca da British Heart Foundation, considerou que “é natural que as pessoas se preocupem se considerarem que podem estar doentes". No entanto o problema pode ser agravado uma vez que “a ansiedade e o stress podem desencadear hábitos não saudáveis, como fumar ou comer mal, o que coloca uma pessoa em maior risco de ter uma doença cardíaca”, acrescentou.

A especialista considera que "embora não saibamos se as pessoas preocupadas em excesso se estão a colocar na mira de um ataque cardíaco, é claro que a redução da ansiedade desnecessária pode trazer benefícios para a saúde".

A população do estudo liderado por Line Iden Berge nasceu entre 1953 e 1957. Os inquiridos responderam a um questionário sobre saúde, estilo de vida e educação, tendo sido submetidos a exames regulares, ao longo de uma década, até 2009.