O médico e presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro, Vítor Veloso, salienta a necessidade de se observarem as costas, já que uma percentagem significativa dos tumores da pele começa por manifestar-se nesta zona do corpo. "As costas são uma região que pouca gente vê, esporadicamente pode ver pelo espelho, mas não vê com nitidez" e, por isso, "queremos que os portugueses comecem a estar mais atentos aos sinais nesta zona do corpo", alerta o oncologista.

Além desta região do corpo, os portugueses também devem observar outras zonas em que aparecem muitos sinais, como o couro cabeludo, pescoço, orelhas, nádegas e plantas dos pés.

O médico reforça ainda que a exposição solar, sem as devidas precauções, aumenta comprovadamente o risco de desenvolver este tipo de cancro. Segundo o oncologista, "é necessário explicar que, além da proteção solar, [os portugueses] devem também ficar atentos aos novos sinais que aparecem na pele e que podem ser indício de cancro de pele", salientou.

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"O cancro da pele é o cancro mais comum do mundo, o que aparece em maior número, felizmente na grande maioria é curável, desde que seja tratado convenientemente, mas aqui interessa-nos sobretudo um deles, que sob o ponto de vista oncológico merece muito respeito, que é o melanoma", frisou Vítor Veloso.

Pode afetar pessoas de qualquer idade

O cancro de pele é geralmente causado pela exposição excessiva aos raios ultravioleta e "é mais comum em pessoas com mais de 50 anos, mas pode afetar qualquer pessoa", alerta.

"Embora seja também um dos tipos de cancro mais tratáveis e com maior taxa de recuperação, o conhecimento público sobre os sintomas do cancro de pele é reduzido, o que torna a deteção precoce vital", acrescenta.

A incidência dos vários tipos de cancros da pele tem vindo a aumentar em todo o mundo, estimando-se que em Portugal, em 2017, serão diagnosticados 12.000 novos casos, cerca de 1.000 serão melanomas.

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