“Foi criado um grupo de trabalho para estimular a investigação de translação e investigação clínica”, disse o ministro Manuel Heitor, destacando que “tem como principal função vir a perceber a oportunidade de criar em Portugal uma agência especializada no financiamento à investigação clínica, certamente em estreita colaboração com a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e o Infarmed, e, naturalmente, vindo a incluir laboratórios de referência que possam associar a investigação clínica à prevenção da saúde pública”.
Segundo o ministro da Ciência, que falava na sessão comemorativa do 42.º aniversário do Instituto Português de Oncologia (IPO/Porto), no âmbito desta aposta de associar a investigação clínica à prevenção da saúde pública, prevê-se “uma reestruturação do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA)”.
De acordo com a resolução do Conselho de Ministros de 24 de março, publicada em Diário da República na semana passada, que aprova a criação deste “grupo de trabalho que visa estudar e propor medidas de promoção de investigação clínica e de translação e da inovação biomédica em Portugal”, é objetivo desta equipa “garantir os procedimentos necessários de controlo de qualidade e de prevenção de saúde pública, através da adequada integração das atividades desenvolvidas” pelo INSA.
No seu discurso, Manuel Heitor enalteceu a criação do Conselho Nacional dos Centros Académicos Clínicos e desafiou os dois centros do Porto a fazerem com que a cidade se transforme numa “região de investigação biomédica".
Na opinião do ministro, no Porto "há condições para que os centros clínicos se tornem exemplos".
Manuel Heitor defendeu ainda que o IPO/Porto e outros hospitais da zona devem ser incluídos no trabalho a desenvolver pelos centros clínicos.
“Ao longo da última década, as instituições do ensino superior e científicas percorreram um trabalho sério de autonomia, e acredito que só com mais autonomia e mais responsabilização podemos ter mais investigação, melhor investigação”, concluiu.
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