É do conhecimento comum que a prática de exercício física melhora a saúde, mas os últimos trabalhos de investigação científica continuam a revelar os mais pormenorizados benefícios para o metabolismo, funcionamento interno do coração, cérebro e fígado.

Através deste tipo de descobertas cada vez mais avançadas, os cientistas estão mais perto de desenvolverem pilulas de exercício, que tendem a reproduzir os benefícios do exercício físico no nosso organismo.

Difícil de imaginar um comprimido que substitua uma corrida ou um treino de ginásio certo?

Através de uma revisão publicada nas Tendências em Ciências Farmacêuticas os investigadores consideram que estas pilulas vão atingir o seu potencial terapêutico num futuro próximo.

Boas noticias para os mais preguiçosos!

Ismail Laher, cientista do departamento de farmacologia e terapêutica da universidade de British Columbia em Vancouver diz,

reconhecemos já há algum tempo a necessidade das pilulas do exercício, sendo esta uma meta alcançável com base na nossa compreensão dos alvos moleculares do exercício físico.

Desta forma, vários laboratórios estão já a desenvolver pilulas de exercício, apesar de serem ainda em versão provisória e apenas testados em animais.

O principal objetivo é atingir o desempenho do músculo esquelético, melhorar a força e uso de energia. Resumindo, a produção de músculos mais fortes e mais rápidos!

Mas será assim tão efetiva esta revolucionária pilula?

Apesar deste desenvolvimento Laher refere

não é realista esperar que as pilulas vão substituir o exercício físico a 100%, pelo menos num futuro imediato.

Mesmo não sendo um substituto na íntegra, as pilulas do exercício podem fornecer alguns benefícios para a população em geral, sendo especialmente útil para as pessoas com dificuldade em se exercitarem.

O autor do estudo salienta,

um comprimido desta nova pilula em pessoas com lesão na medula espinal poderia oferecer bastantes vantagens devido à incapacidade de movimento provocada pela paralisia.

São necessárias muitas mais pesquisas para compreender aprofundadamente os efeitos colaterais deste medicamento revolucionador, pois não existem estudos sobre o seu uso a longo prazo nos seres humanos.

É provável que em breve surjam novas conclusões e que possa substituir o exercício pelo sofá.

Até lá, a melhor forma é vestir o equipamento e praticar exercício físico!