Em comunicado, a comissão de utentes referiu que já luta por esta causa há dez anos, depois de ter encerrado a unidade de saúde na Avenida do Bocage, que obrigou à transferência de “mais de 15 mil utentes” para a unidade de saúde da Quinta da Lomba.
“Há uma década que a comissão de utentes luta por um centro de saúde digno de cuidados de saúde primários e de proximidade, com condições de atender quem ali se desloca”, frisou.
Perante o descontentamento da população, foram reunidas cerca de 4.300 assinaturas numa petição que exige a construção de um novo centro de saúde no Alto do Seixalinho, a qual foi entregue hoje na presidência da Assembleia da República.
A comissão de utentes foi recebida pela vice-presidente e deputada Teresa Caeiro (CDS) que, após ter sido informada das preocupações e reivindicações dos barreirenses, “aceitou interceder junto da referida comissão, no sentido de se poder realizar a mesma, sem prejuízo da agenda”.
Já em fevereiro, a comissão de utentes tinha realizado uma tribuna pública pela construção de um novo centro de saúde, defendendo que o da Quinta da Lomba obriga a uma maior deslocação em transportes, numa rede que “não é suficientemente eficiente”, além da sobrelotação que causou a essa unidade de saúde.
Também nesse período, a Câmara do Barreiro (PS) anunciou, em reunião pública do executivo, que estava disposta a investir na construção de um novo centro de saúde no Alto do Seixalinho, tendo aprovado uma candidatura a um protocolo de cooperação com a Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo.
Esta parceria visa que a autarquia fique responsável pelos encargos de construção, num terreno junto à urbanização da Escavadeira, no Alto do Seixalinho, enquanto a ARS comparticiparia os equipamentos e recursos.
Segundo o presidente da Câmara do Barreiro, Frederico Rosa, o município tomou a decisão de fazer “um esforço extra” porque o Governo e a ARS não consideram a construção deste centro de saúde como “prioritária”.
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