“Temos cinco mil assinaturas e a petição vai ser enviada esta semana” ao ministro da Saúde, disse o socialista Paulo Fonseca, explicando que o abaixo-assinado vai ser “acompanhado de um histórico de toda a luta nesse sentido”.

O presidente da Câmara de Ourém esclareceu que o objetivo é que os cidadãos do concelho, atualmente “reencaminhados para o hospital de Abrantes”, possam “ter acesso ao hospital de Leiria”, e que “se façam um conjunto de intervenções” já “prometidas por escrito e verbalmente”, mas que continuam por executar.

Paulo Fonseca exemplificou com as obras nas extensões de saúde de Caxarias, Alburitel, Sobral e Olival, para as quais o município assumiu que ajudaria a pagar, apesar de não ser sua competência, além de ter realizado os projetos.

“O presidente da ARS [Administração Regional de Saúde] já nos respondeu que os projetos estão bem e que está disponível para comparticipar”, declarou o autarca, adiantando que o investimento a realizar nas quatro extensões de saúde está orçado em 330 mil euros.

A petição foi lançada a 10 de julho, num protesto promovido pela autarquia e Assembleia Municipal que reuniu centenas de pessoas junto aos Paços do Concelho.

O documento refere que Ourém é “o maior concelho do Médio Tejo e o segundo maior do distrito de Leiria”, e desde “há muito” que alerta “para a má resposta em termos de saúde”.

“Desde há cerca de quatro anos que reclamamos a falta de médicos, o mau estado das instalações de alguns postos médicos, bem como a obrigação de acedermos a um hospital situado a 70 quilómetros de Ourém (Abrantes) quando temos um hospital a 20 quilómetros (Leiria)”, lê-se na petição.

O abaixo-assinado adianta que o Governo, de coligação PSD/CDS-PP, “chamou a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo para informar que iria ser constituído o Grupo Hospitalar do Ribatejo, integrando o Centro Hospitalar do Médio Tejo no hospital de Santarém”.

Para os subscritores, esta medida levará a que “Ourém sinta, mais uma vez, agravada a sua situação no acesso à saúde”, pelo que exigem “ser tratados com a mínima dignidade e sempre com a verdade”.

“Solicitamos que o hospital de referência do concelho de Ourém seja o hospital de Leiria e solicitamos que os cuidados de saúde primários (…) tenham a dignidade e a resposta necessária à população”, conclui a petição.