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35 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com algum tipo de demência
28 de janeiro de 2014 - 11h09
As pessoas que sofrem da Doença de Alzheimer podem ter níveis mais elevados de um produto químico, derivado do pesticida DDT, sugere um estudo publicado na segunda-feira no suplemento Neurology, do Jornal da Associação Médica Americana (JAMA.)
O pesticida DDT foi banido nos Estados Unidos em 1972, mas ainda é usado noutros países, já que as autoridades sanitárias consideram este produto importante no combate à malária.
Os cientistas descobriram que o DDE, metabólito persistente do DDT, apareceu em concentrações quatro vezes maiores em pacientes com Alzheimer do que em pessoas com a mesma idade saudáveis.
Ter níveis altos de DDE também aumenta em quatro vezes o risco de desenvolver Alzheimer, segundo o estudo que comparou 86 pacientes com Alzheimer a 79 pessoas em idade avançada.
Os pacientes estudados procediam dos estados americanos do Texas e da Geórgia, com idade média de 74 anos, de acordo com a investigação.
"Estas descobertas são um estímulo para futuras investigaçõs usando métodos epidemiológicos mais rigorosos, mas por si só não dão uma evidência forte de risco", disse David Coggon, professor de medicina ocupacional e ambiental da Universidade de Southampton no Reino Unido, cita a AFP.
As diferenças nos níveis de DDE foram observadas na amostra do Texas, mas não na Geórgia, observa o editorial do "JAMA Neurology".
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 35 milhões de pessoas em todo o mundo vivem hoje com algum tipo de demência.
SAPO Saúde com AFP
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