22 de setembro de 2014 - 16h33
Uma equipa do Instituto Ricardo Jorge encontra-se em São Tomé e Príncipe, no contexto da epidemia do Ébola, para avaliar as necessidades técnicas e humanas da região e preparar estratégias de prevenção e resposta em caso de necessidade.
Trata-se de uma missão “única e exclusivamente a título preventivo devido ao número de casos nos países vizinhos”, disse à Lusa o presidente do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), Fernando Almeida.
A iniciativa partiu de São Tomé e Príncipe, que fez a Portugal um pedido para colaboração na área do diagnóstico laboratorial, disse, acrescentando que é uma “preparação para se for preciso”.
Duas técnicas do INSA, uma delas especialista em biossegurança, vão avaliar as condições existentes, as estruturas técnicas e de recursos humanos, o tipo de equipamentos requeridos para diagnóstico e para formação de profissionais, explicou.
Primeiro será feito um levantamento das necessidades e proposto um conjunto de ações: o tipo de segurança que se deve ter, o tipo de equipamento laboratorial que deve existir.
Depois, se necessário, haverá uma mudança da estrutura laboratorial, ao nível de equipamentos que sejam necessários comprar, acrescentou o responsável.
A epidemia do vírus do Ébola apresenta um elevado risco de disseminação a países vizinhos, sendo crucial a definição de mecanismos e estratégias de prevenção e resposta a uma eventual notificação de casos naquele país, considera o INSA.
Enquanto Laboratório Nacional de Referência para o vírus Ébola, através da Unidade de Resposta a Emergências e Biopreparação, compete ao INSA o desenvolvimento de atividades com vista ao reforço da capacidade global de ação no domínio da saúde pública.
Esta missão foi definida em articulação com a Direção-Geral da Saúde e o Ministério dos Negócios Estrangeiros e está inserida nas atividades de cooperação internacional desenvolvidas pelo INSA.
A equipa partiu no sábado, dia 14, e regressa a dia 24.
Por Lusa