
De acordo com as conclusões do Barómetro da Retinopatia Diabética, que serão hoje apresentadas na sede da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP), as limitações da perda de visão foram reportadas por 94 por cento dos inquiridos.
O Barómetro resulta de inquéritos realizados a 4.340 adultos diabéticos e 2.329 profissionais de saúde de 41 países. Em Portugal, responderam ao inquérito 73 adultos diabéticos e 80 profissionais de saúde.
Outra conclusão do barómetro indica que 48% dos doentes apontaram os longos tempos de espera para uma consulta como “uma barreira para exames oftalmológicos”.
Mais de um quarto (27 por cento) dos inquiridos nunca discutiu a saúde ocular com o seu médico ou só o fizeram após aparecerem sintomas associados, enquanto um pouco menos (24%) estão inscritos em programas de gestão da diabetes.
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Dos diabéticos com retinopatia diabética e edema macular diabético, um quarto afirma que as alterações da visão dificultaram a gestão da diabetes.
Uma larga maioria (83%) dos inquiridos com doença ocular diabética já tive dias com debilidade física ou psicológica.
Quase um quarto (23%) dos profissionais de saúde inquiridos “não tem protocolos escritos disponíveis para a gestão da diabetes”.
De acordo com o Observatório da Diabetes, em 2014 a prevalência estimada da doença na população portuguesa com idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos (7,7 milhões de indivíduos) foi de 13,1 por cento.
No mesmo ano, 8.320 foram identificadas para tratamento da retinopatia diabética.
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