
“A dor associada à mucosite oral conduz à restrição alimentar e hídrica e é um dos sintomas mais debilitante e mais reportado pelos doentes. Com esta investigação pretendemos estudar a estabilidade de uma formulação inovadora de pastilhas moles, contendo um antifúngico e um analgésico, que atuam por dissolução lenta na cavidade oral, constituindo uma alternativa de tratamento com controlo mais eficaz da dor”, explica Filipa Cosme Silva, principal investigadora do projeto.
A mucosite oral é, por exemplo, um dos efeitos secundários mais frequentes e dolorosas de alguns tratamentos de quimioterapia.
Para esta investigação foram realizados inúmeros ensaios quer para garantir a qualidade do medicamento quer para promover uma boa adesão à terapêutica.
Os estudos de formulação de pastilhas moles incluíram ainda a otimização das suas propriedades físico-químicas e farmacotécnicas, através da utilização de excipientes apropriados.
A investigadora conclui: "A formulação de pastilhas moles para administração de medicamentos pode constituir uma alternativa viável às formas líquidas atualmente utilizadas. A sua principal vantagem consiste na versatilidade de administração, podendo o doente controlar o tempo de retenção dos medicamentos na cavidade oral. Colocámos o doente como foco principal deste desenvolvimento. No futuro espera-se que a aplicação clínica valide a sua eficácia".
Além deste prémio, a APED ainda distinguiu dois artigos com 2º Prémio Ex aequo. São eles: "Ecografia Aplicada do Tratamento Intervencionista da Dor: Zona Cervical e Ombro", de Gustavo Fabregat, María José Hernández Cádiz, Nerea Sanchís López, Juan M. Asensio Samper, Lorena Gómez Diago, Vicente Villanueva Pérez, Natalia Escrivá Matoses e José de Andrés; e "Ácido hialurônico no tratamento de dor nas articulações", da autoria de Miguel Ángel Caramés Álvarez e María Prats Peña.
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