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Álvaro Beleza argumentou que a ADSE “é um sistema único na Europa e é injusto”
14 de janeiro de 2013 - 08h38
O Partido Socialista (PS) quer acabar com a ADSE, noticia esta segunda-feira o Jornal de Notícias, que adianta tratar-se de uma das medidas apontadas pelo principal partido da oposição para eliminar as gorduras que persistem no Serviço Nacional de Saúde.
O maior partido da oposição pretende extinguir o subsistema ADSE que considera injusto, segundo o secretário nacional do PS e coordenador do partido para a área da saúde, Álvaro Beleza.
A ADSE “beneficia um milhão e trezentos mil portugueses e faz com que o acesso à saúde não seja igual para todos”, disse o responsável ao referido jornal, numa entrevista realizada antes de ser conhecido o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), entretanto divulgado na semana passada.
Álvaro Beleza argumentou que a ADSE “é um sistema único na Europa e é injusto”, adiantando que “para acabar com os subsistemas de saúde – o Estado financia aproximadamente 50% dos grupos privados de saúde – é preciso preparar o SNS que não está preparado para acolher 1,3 milhões de pessoas que usufruem da ADSE”.
Os subsistemas de saúde “geram desigualdades entre portugueses” e os “funcionários públicos têm acesso a cuidados de saúde privados e nem todos têm”, acrescentou.
Álvaro Beleza antecipou ao jornal as linhas fundamentais do que disse ser o futuro programa de Governo do PS, cujas propostas serão apresentadas no próximo dia 25 num fórum no Porto. “Reunimos um grupo de especialistas para melhorar a qualidade da saúde a custos controlados – no acesso, organização, medicamentos e financiamento – e o resultado será um programa de Governo”, adiantou.
O responsável socialista criticou também o “aumento exagerado” das taxas moderadoras, defendendo a sua redução e até “abolição nos cuidados primários”.
Por SAPO Saúde
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