Três dias antes de um encontro com o presidente francês, Emmanuel Macron, o pontífice afirmou: "Os médicos têm a função de prestar cuidados e dar alívio (...) mas não se pode pedir que matem os seus pacientes!".

"Gostaria de esperar que, sobre temas tão essenciais, o debate realmente se concentre em acompanhar a vida até o fim natural", acrescentou o papa diante de quase 40 representantes franceses, incluindo o arcebispo de Cambrai (nordeste da França).

Em França, uma convenção cidadã sobre a questão do fim da vida iniciará os trabalhos em dezembro para orientar o governo sobre uma possível mudança na lei.

A eutanásia não está autorizada atualmente na França. O país estabeleceu em 2005 o direito a "deixar morrer", que privilegia os cuidados paliativos, e depois autorizou, em 2016, a "sedação profunda e contínua até ao falecimento".

Macron será recebido na segunda-feira (24) em audiência privada pelo papa.

O Vaticano considera a eutanásia um "crime contra a vida", e o suicídio assistido, um "pecado grave', que impede quem recorre à medida de receber os sacramentos.