"Esta é uma evidência clara que nem tudo vai bem no mundo da música pop", conclui, desde logo, Dianna Kenny, da Universidade de Sydney, que analisou as mortes de 12.665 artistas norte-americanos, predominantemente homens, entre 1950 e junho de 2014.
Dianna Kenny acredita que o estudo é o primeiro do tipo a examinar o tempo de vida dos artistas populares em sete décadas, com uma linha de investigação que inclui músicos de vários géneros, do jazz ao pop cristão, passando pelo punk.
A professora de Psicologia e Música constatou que as mortes acidentais de "pop stars" estão entre cinco a dez vezes acima da média da população americana, enquanto a taxa de suicídio é entre duas a sete vezes mais alta.
Já os índices de homicídio são oito vezes maiores do que entre a população em geral.
O estudo aponta que "pelas sete décadas estudadas, o tempo de vida dos músicos chegou a ser 25 anos mais curto que a média da população americana", escreve a agência France Presse.
Ao mesmo tempo, a professora destaca que apesar do aumento do tempo de vida dos dois grupos com o passar dos anos, os artistas masculinos viram a idade média da morte subir de 55 para 60 na década passada, enquanto entre a população geral a média atinge os 75 anos.
As mulheres da indústria pop tem uma idade média de morte pouco acima dos 60, mas mesmo assim abaixo da população geral, que regista uma média acima dos 80 anos.
Outros estudos já tinham revelado que a taxa de mortalidade dos músicos aumenta em comparação com a taxa de mortalidade da população em geral.
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