O objetivo da reunião dos peritos da OMS é analisar se o surto de febre-amarela deve ser declarado emergência de saúde pública, à semelhança do que aconteceu nos casos de Ébola na África Ocidental e com o vírus Zika na América Latina.

Citado pela agência France-Presse, o porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic, disse que os especialistas da organização vão "reforçar a ideia" de que a situação é "muito grave" e que "todos devem ser vacinados", para diminuir o risco de disseminação da doença para os países vizinhos.

Em Luanda, a médica da Direção Nacional de Saúde Pública, Filomena Wilson, disse que a próxima fase de vacinação contra a febre-amarela vai abranger as províncias fronteiriças, para evitar a propagação internacional. Segundo Filomena Wilson, o arranque da campanha está dependente da disponibilidade de vacinas.

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Acrescentou que à medida que as doses da vacina são adquiridas e chegam ao país a campanha será alargada ao resto do país, depois de a capital angolana, Luanda, ter já vacinado mais de 90% da população alvo.

Angola enfrenta, desde dezembro de 2015, uma epidemia de febre-amarela, que já provocou 293 mortos, segundo o último balanço, estando as autoridades sanitárias do país, com o apoio de organismos internacionais, a tomar várias medidas para o combate à doença, nomeadamente a vacinação, as investigações epidemiológicas e entomológicas em áreas onde foram confirmados casos.