De acordo com a OMS, desde que as autoridades de Varsóvia informaram no mês passado que os gatos morreram de forma incomum em todo o país, 29 testaram positivo para o vírus H5N1.

A fonte de exposição dos gatos ao vírus "não é conhecida atualmente, e as investigações estão em curso", divulgou a OMS em comunicado.

Desde o final de 2021, a Europa enfrenta o seu pior surto de gripe aviária, enquanto as Américas do Norte e do Sul também registam um aumento considerável.

Essa situação levou ao abate de milhões de aves em todo o mundo, muitas delas infetadas pelo H5N1, que surgiu em 1996.

Um aumento preocupante de infeções em mamíferos foi registado recentemente, e a agência de saúde da ONU especificou que outras infeções esporádicas de gatos já foram relatadas.

Na Polónia, no entanto, "esta é a primeira notificação de um número alto de felinos infetados numa vasta área geográfica dentro de um país", pontuou a mesma fonte.

Até 12 de julho, nenhuma pessoa que esteve em contacto com gatos infetados relatou qualquer sintoma, e a OMS acrescentou que o período de acompanhamento desses contactos terminou.

O risco para donos de gatos, veterinários e outras pessoas que possam estar especialmente expostos a gatos portadores de H5N1 sem equipamento de proteção é de baixo a moderado.

Os casos de H5N1 em humanos são, geralmente, o resultado da exposição direta ou indireta a aves vivas ou mortas ou a um ambiente contaminado.

Desde 2020, a OMS reportou 12 casos de infeção humana com H5N1 em todo o mundo. Quatro eram graves, enquanto os oito restantes eram moderados ou assintomáticos.