O combate à obesidade infantil e juvenil vai ser debatido, na quinta-feira, no Parlamento, com a apresentação de propostas do PSD, PS e “Verdes” sobre a doença que atinge um em cada três crianças e jovens portugueses.
Restrições à publicidade a alimentos para aqueles grupos etários e campanhas televisivas que alertem para as vantagens de fazer uma alimentação saudável e a prática de exercício físico fazem parte dos textos apresentados pelas formações políticas.
O PS considera que o excesso de peso nos jovens é um “problema de saúde pública” e refere que cada criança obesa custa ao Estado 680 euros por ano, 1,7 vezes o custo médio dos restantes menores.
Além de “ameaçar a sustentabilidade do sistema de saúde pediátrico”, a obesidade infantil aumenta a percentagem de jovens adultos afetados por doenças cardíacas, diabetes e cancro, entre outros problemas de saúde.
O PSD, partido que lidera a coligação governamental, acentua também os custos que o excesso de peso acarreta para o indivíduo e para a sociedade e reforça o leque de consequências apontando que a obesidade faz diminuir a esperança de vida entre cinco e 20 anos nas pessoas afetadas.
A regulação e vigilância da venda de alimentos junto às escolas (PS) e a criação de etiquetas para classificar os alimentos, em que o verde seria sinónimo de alimento recomendado (PSD), são outras das propostas integradas nos documentos que vão ser debatidos pelo plenário da Assembleia da República.
O projeto do Partido Ecologista “Os Verdes” dá especial atenção à publicidade e propõe alterações legislativas nesta atividade, como afirma já ter apresentado em 2006.
Os ecologistas defendem mesmo a proibição de anúncios na televisão e internet a produtos alimentares destinados ao público infantil e juvenil, com exceção dos que incentivem uma alimentação saudável, e querem que a fiscalização sobre a matéria passe a ser feita pela Direção Geral da Saúde.
PSD e PS coincidem no recurso à comunicação social também para fazer passar mensagens que realcem as vantagens de crianças e jovens adquirirem hábitos de vida saudáveis.
6 de março de 2012
@Lusa
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