Desenvolver uma terapia não invasiva capaz de recuperar a memória em doentes de Alzheimer foi a proeza conseguida por uma equipa de investigadores da universidade de Queensland, na Austrália. A experiência, realizada em ratos, recorreu a uma técnica de ultrassons que permite eliminar do cérebro as placas amiloides neurotóxicas, as estruturas responsáveis pelas lesões que causam perda de memória nos doentes com esta doença degenerativa. Os ultrassons foram capazes de estimular um tipo específico de células que têm como função eliminar substâncias tóxicas, como as placas mieloides, conseguindo uma recuperação da memória na ordem dos 75 por cento. A equipa de cientistas prevê iniciar testes em humanos em 2017.
Anteriormente, os investigadores franceses do INSERM, Institut National de la Santé et Recherche Médicale, já tinham comprovado, em laboratório, os efeitos da cafeína na memória, ajudando a retardar a evolução da doença. O estudo, publicado na revista Neurobiology of Aging, também foi desenvolvido em ratos. David Blum, o cientista que conduziu a investigação garantiu na altura que a ingestão diária da bebida previne défices de recordação e de memorização, além de intervir sobre uma proteína que está na origem da patologia. Apesar dos resultados animadores nas experiências com os animais, a descoberta obriga a uma transposição para a descoberta para os humanos, através de testes laboratoriais.
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