O teste detetou dois em cada três tipos de cancro entre uma amostra de 5.461 pessoas que foram ao médico com sintomas suspeitos, em Inglaterra e País de Gales. Em 85% dos casos positivos, também identificou o local primário da doença.
O teste Galleri procura mudanças distintas em pedaços do código genético decorrentes dos vários tipos de cancro. O teste deteta minúsculos fragmentos de ADN do tumor na corrente sanguínea e alerta os médicos se houver sinais deste tipo de doença.
O teste continua a ser um "trabalho em curso", dizem os investigadores da Universidade de Oxford, citados pela BBC.
Mais de 350 pessoas no estudo - o maior do género em pacientes com sintomas suspeitos de cancro - foram posteriormente diagnosticados com tumores malignos, usando métodos tradicionais, como exames e biópsias.
Mark Middleton, investigador principal e responsável pelo estudo, adverte que este exame de sangue não descarta a utilização dos exames complementares de diagnóstico na deteção do cancro. "O teste foi 85% preciso na deteção da origem do cancro - e isso pode ser realmente útil porque muitas vezes não é imediatamente óbvio, quando se tem o paciente à frente, qual o exame de diagnóstico necessário", comentou.
"Com este teste, podemos decidir se pedimos uma endoscopia ou uma tomografia axial computorizada (TAC) e garantir que estamos a fazer o teste certo à primeira vez", exemplificou.
Os resultados serão apresentados na conferência da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, em Chicago, e publicados na revista The Lancet Oncology.
O teste Galleri foi desenvolvido pela empresa californiana Grail. Os resultados iniciais da aplicação deste teste são esperados este ano - e, se for bem-sucedido, o NHS quer estender o seu uso a mais um milhão de pessoas em 2024 e 2025, escreve o Guardian.
O teste é particularmente bom para encontrar tumores difíceis de detetar, como cancros da cabeça e pescoço, intestino, pulmão, pâncreas e garganta.
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