Em comunicado hoje enviado às redações, aquela autarquia do distrito de Viana do Castelo adiantou que a atividade do novo hospital privado “estará centrada na unidade de medicina nuclear, fundamental para o diagnóstico e a deteção de doenças oncológicas”.

A futura unidade hospitalar evitará “deslocações regulares da população do Alto Minho ao Porto, Coimbra e Lisboa para acederem a meios complementares de diagnóstico e terapêutica em procedimentos de média complexidade”.

O investimento privado, que ficará situado numa “obra inacabada e embargada” na freguesia de Vilarelho, “visa dar resposta, a partir de Caminha, às necessidades dos 230 mil habitantes do Alto Minho, sem contar com o potencial do território galego”.

O novo hospital de Caminha “representa a primeira grande aposta da HCA Healthcare em Portugal, grupo empresarial americano que é o maior operador privado, na área da oncologia, em todo o mundo, e que realiza este investimento através da filial britânica”.

O serviço de atendimento permanente “permitirá o acesso a cuidados médicos durante 24 horas, terá 12 camas na unidade de internamento para cirurgia, três salas no bloco operatório e mais 12 camas que acomodarão, entre outros, o serviço de pediatria”.

Segundo o município, “prevê-se a criação de 60 postos de trabalho diretos na área da saúde e de suporte à atividade hospitalar”.

Do total do investimento, “mais de nove milhões destinam-se à aquisição de equipamentos altamente especializados e meios complementares de diagnóstico”, sendo que o “prazo de execução é de dois anos, a contar do licenciamento camarário”.

“O Pedido de Informação Prévia (PIP) efetuado pelo particular vai entrar nos serviços municipais nos próximos dias e vai ser analisado com todo o rigor. Posteriormente, estando tudo em conformidade, seguir-se-á o processo de licenciamento. A nossa expectativa é que tenhamos o novo hospital a funcionar em meados de 2024. O tempo, agora, é dos procedimentos técnicos, da recolha de pareceres e das decisões urbanísticas finais”, sublinhou o presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves, citado na nota.

Para o socialista Miguel Alves, este é mais um investimento que a autarquia “atraiu para o concelho e que resulta de muitos meses de trabalho e cooperação”, destacando que, além de “potenciar o aparecimento de novos negócios”, a construção daquela unidade hospitalar visa resolver “um imbróglio urbanístico que existe em Vilarelho, muito perto da nova escola secundária de Caminha”.

“É uma obra inacabada e embargada que herdámos em 2013”, sublinhou o autarca.