"Investigámos durante várias décadas, portanto este prémio não é uma surpresa", comentou na noite de segunda-feira esta farmacologista reformada de 84 anos ao jornal da província de Zhehiang, o Qianjiang Evening News.
Muito procurada pela imprensa desde o anúncio do prémio na segunda-feira, Tu youyou, que sofre de diabetes e se encontra com um estado de saúde debilitado, "está muito cansada", disse à AFP o marido, Li Tingzhao, contactado por telefone.
"Não sai com frequência" e "não planea dar uma conferência de imprensa", acrescentou.
O prémio Nobel foi-lhe atribuído em conjunto com William Campbell - um norte-americano nascido na Irlanda - e o japonês Satoshi Omura, pelos tratamentos contra as infeções parasitárias causadas por vermes.
Li Tingzhao não disse ainda se a esposa deverá comparecer na cerimónia de entrega dos prémios no fim do ano.
Tu Youyou, especialista em medicina tradicional chinesa e no tratamento contra a malária, explicou que soube da notícia pela televisão e que esta "não lhe causou uma impressão particular", segundo o jornal provincial.
"(Este prémio) não é uma honra que me prestam apenas a mim, é uma honra ao conjunto de cientistas chineses", explicou Tu Youyou, que em setembro de 2011 recebeu o prestigiado prémio Albert Lasker, considerado um potencial precursor do Nobel de Medicina ou Física.
Tu Youyou descobriu um tratamento particularmente eficaz contra a malária graças a um extrato da planta Artemisia annua, um "presente da medicina tradicional chinesa aos povos do mundo", declarou na segunda-feira à agência de notícias Xinhua.
Na terça-feira, recebeu em sua casa o presidente da Universidade de Pequim - a mais prestigiada da China - na qual se licenciou em Medicina em 1955.
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