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Sociedade Artística e Musical dos Pousos está envolvida em diversos projetos de musicoterapia
8 de fevereiro de 2013 - 11h12
Mais de meia centena de músicos vão oferecer “concertos” num centro de saúde e num hospital de Leiria para assinalar o Dia Mundial do Doente, disse à Lusa o diretor artístico da instituição co-promotora da iniciativa.
“O evento vai ser liderado por profissionais especialistas em música em ambiente hospitalar”, explica Paulo Lameiro, da Sociedade Artística e Musical dos Pousos (SAMP), antecipando os eventos de segunda-feira.
A ideia passa por “alargar este dia a toda a Escola de Arte da SAMP, envolvendo alunos, professores e encarregados de educação a cantar e a tocar”, sendo possível surpreender em ambiente hospitalar desde um coro infantil, passando pela sons da flauta transversal, até à concertina e pequenas percussões.
No Hospital de Santo André (HSA), os músicos “poderão ser encontrados um pouco por toda a parte, desde os espaços comuns às enfermarias”, informa o conselho de administração do estabelecimento de saúde, que decidiu promover o Dia Mundial do Doente “oferecendo uma tarde de música para os doentes internados e visitantes”.
Às três profissionais que semanalmente tocam no HSA, integradas no projeto “Saúde com Arte” e nos programas “Allegro Pediátrico” - dirigido ao serviço de Pediatria -, e “ConSentir o Som” – vocacionado para a Psiquiatria no internamento de doentes agudos – juntam-se artistas que irão percorrer corredores, enfermarias, a entrada principal do hospital e a Consulta Externa, interpretando excertos musicais.
O presidente do conselho de administração daquela unidade hospitalar, Helder Roque, destaca “a longa e saudável relação” construída com a SAMP “ao longo dos últimos anos e que permitiu envolver os profissionais e os utentes em iniciativas originais e de grande relevo”.
O “Saúde com Arte” é um projeto de música no hospital, fruto de um protocolo entre o HSA e a SAMP, que conta com a Fundação Caixa Agrícola de Leiria e a Janssen-Cilag como mecenas, e nasceu da convicção de que a presença da música em ambiente hospitalar é um importante contributo para a qualidade e humanização dos cuidados de saúde”, pode ler-se numa nota divulgada pelo HSA.
O projeto integra, para além dos programas “Allegro Pediátrico”, “ConSentir o Som”, o “100 Limites ao Som”, direcionado para a Psiquiatria, na área de internamento de doentes crónicos.
O diretor artístico da SAMP realça que a instituição integra “uma Rede Europeia de Música em Hospitais” e está envolvida em diversos projetos de musicoterapia que incluem iniciativas regulares em lares.
“Já não é apenas um serviço de humanização, mas uma abordagem da música fora dos palcos e vocacionada para os efeitos terapêuticos em contextos de saúde”, frisa Paulo Lameiro.
Lusa
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